segunda-feira, 14 de abril de 2014

Heldér Rodrigues na BE

No dia 1 de abril, com um Auditório cheio de alunos do ensino secundário cooperantes e entusiasmados, decorreu o encontro com o escritor Hélder Rodrigues.

A sessão iniciou-se com apresentação do escritor proferida pelo Diretor Francisco José Lopes, continuada por breves palavras sobre a análise da coletânea de contos “Terra Parda” elaborada pelo professor Norberto.
Segui-se a leitura expressiva, pelo autor, do comovente conto “A Decisão”. 
Nele, Zé Brás reporta-nos aos anos sessenta e à Diáspora transmontana por terras de França. Zé Brás é ainda um dramático alerta pelas semelhanças que a sua história apresenta com a realidade atual de tantos portugueses.
Durante a leitura, enquanto Zé Brás se preparava para ir para França “a pulo”, carregando “uma pesada lágrima de revolta e de esperança, numa luta desesperada que ninguém conseguia ver”, decorreu um momento musical único, com a interpretação da canção da autoria de Manuel Freire – "Ei-los que partem", que abrilhantou a nossa manhã, protagonizado pelos professores Adrien e Natália e o nosso diretor.

Para terminar, Hélder Rodrigues expôs, de forma humilde, simples e cativante, as suas ideias ligadas ao trabalho de um escritor, ao processo criativo de escrita, aos escritores que o inspiram, bem como, claro está, às terras transmontanas e, de uma forma mais abrangente, ao património cultural até porque o nosso querido convidado sentiu, nesta obra, necessidade em «desenvolver a temática da vida difícil e anónima da população rural transmontana». Para o autor é « fundamental, deixarmos registos escritos, nas nossas vidas, das multivivências deste povo, desde que a terra transmontana os viu nascer, até que a mesma terra transmontana os há-de consumir e transformar em húmus».

Estão de parabéns, os nossos alunos, pela sua participação ativa. O nosso agradecimento também aos professores envolvidos na atividade, que muito contribuíram para o sucesso da mesma.
A Escola agradece. O nosso bem haja! 
“E agora bou-me lá que se bai fazendo tarde”, como diz o Zeca do conto “ O Boi Cabano”

Nenhum comentário: